
Mas onde estamos errando?
Bem vamos começar pelo lado mais crítico e de alarmante
crescimento em nossa sociedade.
FILHOS
A responsabilidade dos pais é dever
irrenunciável, muitos têm se feitos omissos deixando seus filhos em Abandono Afetivo/Moral, tendo como
resultado filhos “rebeldes” mas para que sejam notados, ou como uma forma
de retalhação.
Precisamos entender que, durante a formação os
exemplos familiares são fatores decisivos para crescimento desta criança, é
preciso demonstrar amor, disciplina e instrução.
E vós, pais, não provoqueis à
ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. Efésios 6:4
Vós, filhos, obedecei em tudo
a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. Colossenses 3:20
VAMOS ENTENDER
Existem alguns tipos de Pais e Filhos que tornam mais
inflamável uma relação já tão conturbada, coloco abaixo alguns tipos para que
possamos identificar-nos e corrigir a nossa postura e assim melhorarmos o
relacionamento ou construirmos um a base da harmonia. Vejamos 08 tipos dos
muitos que existem:
Chantagista: Aquele que através de ofertas tenta "conquistar" a realização de suas vontades.Ex: se você passar de ano, lhe darei isso ou aquilo, se você for bonzinho farei isso ou aquilo. Este tipo de permuta se torna arriscado ao ponto que as exigências e doações serão maiores a cada tempo.Devemos conscientiza-los e nos conscientizar das responsabilidades inerentes a ida e as consequências de não cumpri-las (sem fazer terrorismo), Use exemplos práticos do dia a dia.
Ausentes Não participa no dia a dia do filho, dos eventos em que o mesmo está envolvido, no momento de lazer, nuca tem tempo.
Certa vez, um pai chegou em casa super estressado e ligou a televisão para assistir ao telejornal. O filho se aproximou sorridente:
- Pai, vamos brincar?
O pai respondeu irritado:
- Meu filho, você não está vendo que estou muito ocupado? Vá brincar com seus irmãos que depois a gente conversa.
O menino saiu, chateado, mas logo em seguida voltou de novo e perguntou:
- Pai, quanto você ganha por hora de trabalho?
E o pai, irritado, disse:
- Você não está vendo que estou ocupado? Vá falar com sua mãe, já lhe disse que estou ocupado, saia daqui.
Alguns minutos depois o garoto tentou chamar a atenção do pai novamente:
- Pai, quanto é que você ganha por hora de trabalho?
O pai não aguentou e explodiu:
- Você é muito mal-educado! Você não percebe que estou ocupado! Vá já para seu quarto.
O garoto argumentou:
- Mas, pai, eu ainda nem jantei!
- Não quero nem saber! Vá para seu quarto agora e não saia de lá.
Assustado, o garoto foi para o quarto com fome, sem entender o que estava ocorrendo.
Terminado o telejornal, o pai se deu conta da bobagem que fizera. Caiu na real e foi chamar o garoto para jantar. Quando abriu a porta, viu que o filho dormia. A consciência pesou. Acordou o menino, que levantou sobressaltado:
- Não, pai, não me bata, desculpe ter atrapalhado seu programa, prometo que isso nunca mais vai acontecer, por favor, não me bata!
Naquele instante, o coração do pai se apertou, e ele disse:
- Não, filho, desculpe o papai, vamos jantar. Depois a gente vai brincar e eu quero que você me conte como foi seu dia.
O menino, percebendo a mudança de tom, aproveitou para perguntar de novo:
- Pai, quanto é que você ganha por hora de trabalho?
O homem parou, pensou e respondeu:
- Ganho mais ou menos 5 reais.
E o menino pediu:
- Pai, dá para você me emprestar 2 reais?
O pai, sentindo-se culpado, pegou duas notas de 1 real e deu ao menino, que então tirou do bolso do calção 3 reais, juntou-as e disse:
- Pai, aqui tem 5 reais. Você me vende uma hora de seu trabalho para a gente brincar?
A história acima é contada no primeiro capítulo do livro "Pais e Filhos, Companheiros de Viagem" de Roberto Shinyashiki, chamado Dê prioridade a seus filhos! Depois de contar o episódio, o autor diz:
“Eu entendo que você viva sob pressão no trabalho, mas essa realidade não pode servir como justificativa para não curtir seus filhos ao chegar em casa. Certamente as mães de hoje não têm mais a mesma disponibilidade de ficar o dia inteiro com os filhos como no passado. Hoje muitas mulheres trabalham fora e exercem uma série de atividades. Pais e mães, ao chegar em casa, precisam encontrar energia para curtir os filhos. Isso tem de ficar muito claro: filho não é obrigação! Aproveitar esses momentos de encontro é uma forma de recarregar as baterias e cumprir um papel que cabe exclusivamente aos pais.
Muitas pessoas admitem que se sentem culpadas por não ter tempo de curtir os filhos porque precisam trabalhar muito. O mais triste dessa história, porém, não é quando você está longe de casa. Duro mesmo é voltar, dar um beijo formal na turma, abrir a geladeira, pegar uma cerveja, abrir o jornal e ligar a televisão. Então, sim, as coisas ficam péssimas. Nesse momento, você mostra para a sua filha que ela vale menos que uma lata de cerveja, você mostra a seu filho que ele é menos importante que um jornal. Triste é destruir a autoestima deles.
Quando estiver trabalhando, dê 110% de sua energia. Mas, quando estiver em casa, curta as pessoas que você ama.”
Dominadores: só eles falam, só eles tem razão, impõe medo e terror ao invés de confiança.
Superprotetores: Colocam os filhos em uma "redoma" não deixando-os crescer e adquirir experiências de vida.só faltam(não pela violência do mundo) ,mas pela insegurança pessoal colocar GPS chip e câmeras 24hs para saber o que, com quem, onde, ao invés de ensinar a compartilhar informações através do respeito, da comunhão familiar.
Permissivos: não sabem dizer não, levando os filhos a se tornarem egoístas e fracos.
Frios ou indiferentes: não sabem demostrar amor.os filhos são tratados como um mero conhecido.
OBS. Para entender mais sobre os temas acima, recomendo a leitura dos textos "Chantagem não é bom" e "A importância da atitude dos pais".
Pais comparadores: que ficam
frustrando seus filhos comparando com o filho do vizinho, do parente ou entre
os próprios usando jargões como:
“Porque você não é como seu
irmão (ã), ou como o filho de fulano...”
Ei Pai! Acorde ele tem a
personalidade dele e que não é igual a ninguém e enquanto a sua formção você
tem a responsabilidade de instruí-lo, mas nunca esqueça que a vida também é uma
escola, o grupo social em que vive também vai forjar esta formação.
Pais imaturos: querendo ser “da turma” ou “se vestir como a turma dos filhos (as)".
Pais histéricos ou
impacientes: Tudo a base dos gritos, e dramatização, não
sabe dialogar.
A resposta branda desvia o
furor, mas a palavra dura suscita a ira. Pv 15:1
Existe ainda outro tipo de Pais que é o Equilibrado, o que
poderemos entender de forma clara no texto "Pais equilibrados, filhos bem educados", visto
no blog Aprender ser feliz:
“Sente-se num dilema entre manter as suas
ordens e ceder às pressões, diante de tanta desobediência e rebeldia do seu
filho?
"Tu não pode
ver TV, primeiro fazes os trabalhos de casa!". Quantas vezes o seu filho
fez cara feia, revoltou-se ou desobedeceu a ordens como esta?
A maioria dos
pais sabe da necessidade de impor limites e regras às crianças. Porém, poucos
estão certos de qual a melhor forma de colocá-los e de como agir diante dos
"rebeldes" que, mais do que "burlar" as regras, parecem
testar até onde vai a paciência e os limites dos pais.
Saiba que não
adianta nada embarcar numa batalha ou braço de ferro sem fim com o seu filho.
Isso só contribuirá para que você "perca a cabeça" e tome decisões ou
atitudes impensadas e precipitadas. Isso pode render-lhe alguns quilinhos a
mais na consciência, ou um sentimento de culpa mais tarde. Deixar-se levar pelo
cansaço ou pela raiva é o melhor caminho para ceder às pressões e vontades do
seu "pequeno chantagista", ou acabar por lançar mão da força física,
artifício ineficaz e ultrapassado.
Equilíbrio e bom senso devem estar sempre presentes, não somente
na hora de punir o seu filho, como também quando for explicar e sugerir as suas
regras e ordens. Procure ser consistente e evite mudar de opinião, a despeito
das pressões e reivindicações da criança. Além de contribuir para a boa
educação do seu pequeno, essa medida reduz atritos e discussões desnecessárias.
Não deixe de criticar o seu filho quando julgar necessário. Porém,
tome o cuidado de "deixar claro que não aprovou a atitude da criança, mas
que continua a gostar dela mesmo assim".
Merecer a Liberdade - Liberdade é uma questão de competência e
responsabilidade. Quanto mais competente e responsável for o seu filho, maior
liberdade sentirá na sua vida, mas isso ganha-se assumindo os compromissos com
responsabilidade. Os pais apresentam regras que devem ser cumpridas. Caso contrário,
a criança jamais poderia desenvolver as suas próprias competências. Afinal, sem
conhecer com clareza os limites não se aprende a ultrapassá-los. A diferença
está entre impor regras sem explicações ("é assim porque sou o teu pai e
sei o que é melhor para ti"!) e explicá-las de forma
clara ("tu tens de escovar os dentes, senão eles ficarão podres").
SEJA FIRME E SERENO
Não tente competir
com a criança ou jovem. As regras têm de ser claras e as possíveis excepções
têm de ser definidas para que não se transformem em
precedentes. NUNCA se deve ceder
a chantagens. Para não perder a cabeça com as birras, fuja do espetáculo ou
olhe para outro lado. Sempre que entrar numa luta pelo poder sairá,
sempre, derrotado. A menos que queira criar um chantagista e,
posteriormente, arcar com as consequências.
SACRIFÍCIO TAMBÉM EDUCA
Para muitos pais, garantir o conforto material traduz-se em mimos,
que resultam em incentivos ao consumo. Importante é manter a coerência pelo
exemplo que você dá ao seu filho. Não lhe faça todas as vontades, nem dê uma
resposta imediata aos desejos manifestados, saber esperar, ter a noção do preço
do dinheiro, dar a entender que temos que lutar para merecer o que queremos é
extremamente importante no desenvolvimento do seu filho, caso contrário criamos
parasitas delinquentes e deprimidos sem projectos no futuro.
PUNIÇÕES
O castigo faz parte do processo educativo. Não se trata de
vingança nem de penitência. Mas tenha cuidado para não exagerar na dose. Por
exemplo: não faz sentido proibir o seu filho de ver televisão durante uma
semana porque ele não comeu as verduras ou a fruta. Seja consistente nas suas
exigências: foque-se no comportamento da criança, não no resultado dele. Isso
significa que manter os cadernos em ordem e as lições em dia, por exemplo,
devem ser o parâmetro, não a nota alcançada no final do ano. Toda a punição tem
de ser aplicada imediatamente após a falta, não um mês depois ou "quando
seu pai chegar".
Jamais apele para as palmadas. Violência só gera violência. Uma
criança que é agredida aprende que a diferença de força física é um recurso
válido para resolver um conflito. Isso despertará nela uma vontade de se vingar
quando for mais crescida. Dai a existência e o "boom" de casos de
bullyng que hoje em dia se vê nos meios de comunicação Social. As crianças,
muitas delas, aprendem durante o seu desenvolvimento que a violência fisica
pode ser a forma mais "fácil" de resolver qualquer problema. As
palmadas são o sinónimo da falta de recursos que resultam da fragilidade e
da dificuldade de lidar com a própria impotência diante da teimosia de uma
criança que se recusa a obedecer. Ninguém acredita que com palmadas criará
indivíduos íntegros, honestos que tenham auto-estima e sejam pessoas seguras,
idóneas e responsáveis.
Finalmente: O que é
então importante para criar um filho bem educado e pleno de auto- estima?
Aqui se sugerem algumas guidelines do que será suposto desenvolver
com o seu filho enquanto ele cresce...
1 - Mesmo que tenha pouco tempo, quando estiver a ouvir, escute
mesmo.
2 - Deixe-os expressar
sentimentos, mesmo negativos. Evite o discurso: "Não se chora",
"Isso não é nada", "Tem coragem".
3 - Quando apropriado, deixe
que eles tomem as próprias decisões.
4 - Trate-os com cortesia.
Respeite os seus espaços e possessões, diga‑lhes se faz favor e obrigado.
5 - Dê-lhes bastante
encorajamento e afecto, mas na justa medida. Falsos louvores só levam a uma
falsa percepção das capacidades. Valorize mais o esforço que fazem do que o
rendimento que obtêm.
6 - Use a empatia. Quanto
melhor entender as crianças e jovens, menos paciência precisará para lidar com
eles, pois estará a perceber o seu ponto de vista. Ajude-o a desenvolver a
empatia levando-o a partilhar sentimentos, bons e maus. Vá-lhe perguntando como
se sente e se ele entende como os outros se sentem.
7 - Evite expressões como:
"Tu deves, porque eu quero, não há discussão, vai imediatamente,
cala-te." Ninguém gosta de ser mandado, tenha a idade que tiver.
8 - Partilhe com ele aquilo que
você gosta, valoriza e ama. Dê-se mais.
9 - Seja entusiasta; positivo e
alegre. Ensine-as que é bom exprimir os nossos sentimentos, que não faz
mal estar nervoso ou zangado. O que se faz com essas emoções é que convém
controlar, para não provocar sofrimento nos outros.
10 - Quando as crianças chegam
a casa, e lhes perguntamos como correu o dia, tendem a responder com algum
episódio negativo. Experimente perguntar-lhe: "Fala-me das coisas mais
giras do teu dia."
Precisamos aprender a aprender! Não tenha medo de mudar conceitos e atualizar valores. O respeito e a consideração são resultados de um amor demonstrado não em palavras , nem em presentes mas sim nas atitudes de atenção, dialogo, compartilhamento. Este texto não vem como fórmula de bolo, mas vem no intuito de mostrar outros ângulos para você poder através deste alerta, ganhar, salvar ou melhorar o seu relacionamento familiar.
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